sábado, 12 de setembro de 2009

Capítulo XV – Comer a dobrar

O pai dedicava-se à compra de animais vivos e nesse dia resolveu levar o moço para o acompanhar nas suas negociações. Compra não compra, vende não vende e a negociata estava cada vez mais a aproximar-se da hora de almoço, pelo que o dono do monte, resolveu convidar os dois para comerem com ele. O pai sabendo que o moço era bicoso, perguntou ao cicerone o que havia para almoço, ao que este lhe respondeu: “Jantar de couve”!. O pai fez uma careta e retorquiu: “Agradeço, mas não vamos poder almoçar, porque o meu moço não gosta de couve! O moço traquina andou a manhã inteira a brincar pelo monte, mas como o meio dia se aproximava com fúria, e a sua barriga já dava algumas horas, acabou por ouvir os dois homens a conversarem acerca do almoço, respondeu sem pestanejar: “Gosto de couve sim senhor”!
O pai ficou calado, mas sentiu-se embaraçado pela vergonha que o moço o fez sentir, mas acabou por aceitar o almoço.
Já sentados à mesa, cada vez que o pai olhava para o seu rebento, este até lambia os dedos de tão saboroso que estava o almoço, e o pai com uma daquelas vontades de lhe enxertar o pêlo, aí aí! Lol
Regressados a casa, e já com os animais comprados, o marido resolveu contar a vergonha que tinha passado com o moço mais pequeno à mulher, e disse-lhe: Amanhã o almoço vai ser jantar de couve!
No outro dia, há hora do almoço, encontrava-se o pai sentado à mesa mais os seus dois rebentos enquanto a mãe se preparava para servir os pratos, assim que o mais pequeno descobriu que a base era constituída por couve, começou a fazer uma birra: “Eu não como, eu não como, eu não gosto de couve! Ao que o pai lhe respondeu, “vais comer e vais comer mesmo”....
Cortámos aqui o desfecho da história, porque na altura não existiam comissões de protecções de menores que o salvassem. Mas entendemos que é de pequenino que se torce o cú ao pepino. Lol

2 comentários:

  1. Rapaziada
    Ainda há muita coisa para contar, falem com o Florival, ou com o irmão o António Ameixa ou com o Fernando Firmino.
    Houve partes na vila, perpectuadas pelas várias gerações, que convém recordar e ficar registado.

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  2. coitadito do petiz,pois claro nunca ouviram dizer que a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.????
    Como é obvio o cozido do dono do monte era melhor que o da mãe. Hehehehe
    Parabens a equipa do blog

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