quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Capitulo II - O Outro Pantera Negra

Todos sabemos a importância que o Eusébio teve ao nível do futebol nacional, independentemente de clubismos ou de simpatias. A sua lenda acabou por lhe conceder o nome de “Pantera Negra”, o que irá para sempre o imortalizar, quer pela sua postura em campo, quer pelos “tiros” que disparava contra as balizas adversárias, a quem nem o aranha negra no famoso jogo contra a antiga união soviética, se safou.
Decorriam os anos noventa, e um grupo de pessoas ligadas a Garvão resolveram organizar um jogo entre as Antigas Glórias do Benfica e as Velhas Glorias do Garvão, cujo cabeça de cartaz era o “Pantera Negra”. A divulgação foi feita, a malta mobilizada, e chegado ao dia do evento, o “Estádio da Sardôa”, encontrava-se ao rubro pela moldura humana que apresentava. Ao chegar o autocarro do Glorioso, todos tentava acercar-se o mais próximo dele, porque assim poderiam comprimentar e estar mais depressa próximo do seu idolo, e diziam: “Olha o Eusébio, olha o Pantera Negra”!
Sairam vários ex jogadores do Benfica, mas no interior do autocarro permanecia “Eusébio”. Quando “este” resolveu sair, qual não foi o espanto da multidão, a tez negra mantinha-se, no entanto o seu nome não era Eusébio, mas sim Matine. Matine havia também sido jogador do Benfica, e foi o único jogador negro que se apresentou com as vestes do Glorioso. Desconhecemos a razão que invalidou a vinda de Eusébio para esse evento, mas acabamos por ter outra pantera negra entre nós, e o jogo foi uma maravilha. Mas no fundo trata-se um episódio engraçado que ninguém levou a mal.

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