terça-feira, 3 de novembro de 2009

Capítulo XXV – Tudo tem o seu valor acrescentado

Os contos ainda perduravam nas trocas comerciais mas os euros já avizinhavam a sua presença, mas independentemente da escolha de uma ou outra moeda, a quantia era substancial, e o dinheiro estava destinado para a compra de uma viatura, a qual daria bastante jeito na lida do monte. Até a data do negócio já estava assente no calendário.
Na altura, os jornais diários começaram a apresentar um outro tipo de publicidade personalizada, e para quem não tivesse companheira ou fosse mais impressionável, poderia perder horas e horas a sacar os números de telefone das folhas centrais do correio da manhã, a maior parte deles de valor acrescentado.
Todos os santos dias, ele sacava números e mais números, e ligava para suas novas “namoradas”. Um novo dia era sempre igual ao anterior. Passava-o agarrado ao auscultador a ouvir gemidos e outros incentivos de cariz sexual. A Portugal Telecom ao aperceber-se da brutalidade que a conta já apresentava, resolveu acabar-lhe com as “coisas boas da vida”, com a a apresentação da factura; cujo valor correspondia sensivelmente ao montante que este tinha para a compra da viatura. Rsss
Emitido o recibo, nem dinheiro nem viatura e tudo voltou a ser como dantes...

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